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quinta-feira, 17 de março de 2011

Quem é o poeta?

O poeta enxerga tudo com olhos do sentimento.

Poeta, do grego poietés, é aquele que faz versos, que tem faculdades poéticas, que tem dom.
Dedica-se à poesia. Muitas vezes chamado de bardo, vate, seresteiro, menestrel, aedo, trovador, poetaço ou poetastro (mau poeta) e, ainda, sonetista, versejador.

Mas quem é o poeta?

O poeta sente, pensa e se expressa de maneira diferente.
Transborda momentos interiores, do seu eu, de forma criativa que o “leva a criar e reinventar o mundo, a partir da própria imaginação, das fantasias, abandonando os padrões normais da razão” (Platão).
Na arte mágica de fazer versos mistura inspiração, sentimento e o mistério das palavras.
Sócrates, 470 a.C. filosofa: “Não é por sabedoria que os poetas fazem versos, mas por uma espécie de gênio e inspiração”.
Para Garcia Lorca, escritor andaluz (1898 – 1936): “o poeta escuta dentro de si, uma chamada de três vozes - a voz da morte, a voz do amor e a voz da arte”.
Para ser poeta não basta versejar.
Para ser poeta é preciso ter no âmago uma pira mística que arde e faz com que os seus poemas, quando lidos por outrem, acendam essa chama no seu leitor.
Se isso não acontece, não há poesia.
Para que um escrito literário seja um poema, deve ser escrito por um Poeta, que percebe com sensibilidade o seu mundo exterior e seu mundo interior, vive-os emocionalmente e, em versos, dá o recado para o próprio mundo e para o mundo alheio.
Não há escola para SER POETA.
Ninguém transmite o dom de ser poeta. Aprende-se a versificação – composição e estrutura poética, rima, metrificação, estilo da linguagem poética. Jamais será um poeta se não tiver a “alma” de poeta.
Ao Poeta é concedida a liberdade de ousar, de criar pensamentos complexos, complicados, armar um quebra-cabeça, para exteriorizar a simplicidade do quotidiano, na arte de embelezar a vida.
Ao poeta que é Poeta, não importa se faz versos com rima ou sem rima, versos clássicos ou livres, importa, sim, que faça versos, versos e mais versos, mesmo se ele “finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente”... (F. Pessoa).

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